sábado, 21 de abril de 2012

Minha pequena curiosa,

Sei que não sou vidente, mas sei que você não demorará a encontrar esse alguém que tanto desejas. Talvez já tenha o encontrado. Não escrevo sem porquês, apenas sem remetente, sem destinatário. Talvez eu escreva pra Lua, já que ela é a minha melhor amiga, ela me ouve, me entende e me da forças pra continuar nessa luta entre vidas. Sou um ser que repara muito nas coisas, nos pequenos detalhes, pois são eles que nos tornam que nós realmente somos. Minha carcaça não é nova, eu não sou novo, muito menos a minha alma. Envelhecestes como sofrimento. Ah, Que bom que sentes isto. Por um momento achei que apenas eu sentia isso. Meu peito se enche calor quando leio suas palavras. E o mesmo acontece quando lhe imagino. Me pego sonhando acordado com a sua face, mas será que são sonhos ou lembranças? Meus medos e angustias são como bagagens pesadas que carrego aonde for, estou cansado, preciso de férias. Minha menina da Lua, curiosa distinta, cada coisa em seu tempo. Recordo-me da infância, pois sempre vivi na praia, assim livre pra seguir por onde bem entender. Escrevo-lhe sob o céu estrelado, sem vida, sem Lua. Ele me faz sonhar com o brilho dos teus olhos. Estou intrigado. Sonhos ou lembranças? Não me sinto só, sinto apenas saudade dos tempos em que era  rodeado de pessoas. Pessoas falsas, mas eram pessoas. Te contarei tudo que precisar saber, nada mais do que isso. A tristeza me encanta, pois nela me encontro. Me aconchego, me sinto bem. Talvez porque já virou rotina, não é de hoje que eu me encontro nela. Me considero um amante da tristeza. Ela invade meu corpo como nenhum outro ser já invadiu. Talvez ela tenha virado um vicio. Será que conseguirei largá-la? Estou enfeitiçado. Me sinto angustiado enquanto suas palavras não chegam. Eu sinto sua falta. Você me preenche de uma forma inexplicável. Você me conforta, como a Lua, após um dia ensolarado. Posso lhe dizer que sem a Lua, não há Lucas. Não sei de onde tirei forças pra lhe escrever. Talvez sejas porque você é a minha Lua.

Palavras angustiadas de um menino inquieto.

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